Mais um capítulo da saga mais cheia de turbulência e desafios do Kono-ai-Setsu! Ora, vamos, não sou só eu aqui que adoro ver romances permeados de desafios mortais e perigosos não é mesmo? Isso deixa tudo bem mais. . . divertido e emocionante!
Espero que gostem da leitura. Críticas sinceras, malvadas ou bondosas, são muito bem vindas mesmo! Quem sabe se eu fizer um suspense e disser que tratei novidades sobre os fanfics do Kono-ai-Setsu se os comentários aumentarem?! Será que funciona ou promoção só dá certo no facebook?
Destiny 01 - kono-ai-setsu - pdf(mediafire)
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Destiny 07 - pdf(mediafire)
Elaborado
e escrito por: Lilian K. Mazaki - http://twitter.com/LKMazaki -
http://lkmazaki.blogspot.com
Aviso
legal: Mahou Sensei Negima não me pertence, essa é uma obra de fã
sem fins lucrativos.
Mastered
Negima Destiny
Cena 07: Covarde ou
não
Setsuna
Sakurazaki hesitou, já com a mão à maçaneta. Virou-se e observou
com cuidado cada canto do aposento. Era seu próprio quarto,
impecável e silencioso. Exatamente como era desde que ela passara a
morar ali, no início do colegial. Tudo tão organizado que sequer
parecia haver alguém habitando ali. O que em parte era verdade, pelo
menos apartir daquele dia.
Os
olhos da shinmei encontraram o despertador que havia na cômoda logo
ao lado da cama de solteiro. Eram quatro e quarenta e cinco da manhã,
ou seja, não havia mais muito tempo para perder com reflexões ou
dúvidas. Era o momento de agir. Voltando-se novamente para a porta,
girou a maçaneta, abrindo-a silênciosamente enquanto a outra mão
desligava o interruptor de luz. Deu dois passos, saindo para o
corredor frio e silêncioso àquela hora da madrugada.
"O
que pensa que está fazendo?!" ecoou a voz de Asuna da maneira
mais escandalizada e estridente o possível na mente da espadachim.
Sim, seria exatamente assim que reagiria se soubesse o que estava
fazendo naquele exato momento. Não que Setsuna estivesse muito
determinada a se fazer entender, mas de alguma maneira a expressão
chocada da amiga flutuando no seu pensamento era até irritante.
"Eu
sou covarde?" questionou-se a guarda-costas, dando dois passos
pelo corredor, deixando a porta do quarto bater de leve atrás de si.
O som metálico pareceu ampliar a sensação de silêncio que se
seguiu. Ainda que não pensasse em desistir, o peso do remorso
parecia tornar aquele momento sufocante.
Ninguém
entenderia. Apenas ela sabia dentro de si o que lhe fazia agir
daquela maneira. Não havia qualquer rastro de auto-preservação.
Somente uma crença ressoava no coração da meio-uzoku, calando
qualquer outra vontade contrária a seus passos.
O
destino era absoluto e imutável. Inevitável neste caso.
Seu
destino era a morte pelas mãos de Ice Soul. Nada mudaria isso,
portanto falar em medo era absurdo. Por que, depois de tantos perigos
e problemas que enfrentara durante toda a sua vida de mestiça,
Setsuna sentiria medo por sua vida justo quando isso não faria
qualquer diferença?
Não.
O aperto no peito que lhe impedia de dormir não era medo pela
própria vida. E ninguém jamais entenderia. A não ser por ela. Ela
sempre sabia perfeitamente o que existia dentro do seu coração. Por
isso mesmo tinha pressa, não suportaria ver novamente aquele olhar
doloroso de entendimento nos olhos que tanto amava.
"Sim,
eu devo ser uma covarde" riu-se jovem meio-demônio,
atravessando o corredor deserto da madrugada, sem olhar mais para
trás.
―
Droga, eu não consigo acreditar que aceitei essa idéia maluca! ―
esbravejou Kotarô, quase com um rosnado.
Ele
e Setsuna cruzavam um apertado corredor de um pequeno hotel no qual
haviam acabado de alugar um quarto para irmãos. Pelas esparsas
janelas era possível ver as cores do sol do fim de tarde iluminando
a pequena cidade onde estavam.
Ali
não era Mahora:
―
Pode reclamar o quanto quizer quando estivermos no quarto, Kotarô,
baixo, mas espero um pouco. ― exasperou-se a espadachim. Já estava
se arrependendo de ter envolvido o meio-kuzoku em seus planos
incompreensíveis.
Não
deu outra. Assim que Setsuna trancou a fechadura do minúsculo
aposento que tinha um beliche e uma mesa de centro como mobília,
Kotarô voltou a falar, como se tivesse despejando uma onda de
palavras que segurou com sofrimento por horas:
―
Que espécie de plano covarde é esse, Sakurazaki?! Estamos
simplesmente fugindo como bandidos! ― acusou o rapaz, gesticulando
os braços em indignação.
―
E o que você acha que poderíamos fazer contra o Ice Soul? ―
questionou Setsuna, encarando de cima o rapaz. Este hesitou por um
momento, surpreso com o brilho frio que havia nos olhos da jovem.
―
Nós poderíamos estar em Mahora, onde temos a ajuda de todos os
magos! Não existe nenhum lugar melhor para enfrentar um assassino de
surdina! ― esbravejou o jovem como a coisa mais óbvio do universo
que tivesse sido ignorada.
―
Acredita mesmo que eles mobilizariam-se tanto assim por duas meras
aberrações? ― desafiou a shinmei com um tom de repúdio que fez
Kotarô engolir em seco antes de continuar.
―
D-Droga. Os magos não são todos assim. . . ― insistiu, porém sem
tanta força quanto antes. Assim como a garota, ele também já havia
conhecido diversos magos e guerreiros que desprezaram sua existência
pelo simples fato de ser diferente por algo que sequer escolhera ser.
Desprezado pelo humanos e pelos demônios.
―
Em uma semana. . . ― continuou Setsuna, aproveitando a brecha no
discurso do rapaz. ― . . . Ele relaxariam o bastante para que o Ice
Soul nos atacasse até na hora do almoço. Nós somos os últimos na
escala de prioridades de Mahora, Kotarô.
―
Não. . . ― o discurso da shinmei era tão enfático que a fé do
mestiço já estava ruindo.
―
Nosso destino já está traçado. ― sentenciou Setsuna. O silêncio
se fez a estas palavras e a espadachim aproveitou para arrumar a
pouquíssima bagagem que carregava em uma sacola ao ombro em uma das
gavetas que haviam embutidas na parte de baixo do beliche. Somente
depois de alguns minutos nos quais a garota demorou-se ao máximo em
sua ocupação foi que Kotarô voltou a falar.
―
Se é assim, porque estamos fugindo ainda? ― perguntou ele, com um
tom nefasto de aceitação.
―
Porque somos covardes, não foi o que você disse? ― disse
entredentes, Setsuna, sem olhar para trás.
―
É mentira. Você não é assim. Está me escondendo alguma coisa
ainda que eu esteja nessa furada também. ― insistiu Kotarô
encarando as costas finas da espadachim.
―
Talvez. Quem sabe porque não entenderia mesmo. ― sugeriu a
shinmei, levantando-se e indo até a pequena janela do aposento,
destrancando-a. O que o rapaz não pode ver foi que ela fazia o
máximo para manter o rosto impassível.
―
E porque acha que eu não entenderia? ― desafiou.
―
Porque. . . você nunca encontrou algo que fosse mais importante que
a própria vida, para proteger. ― falou Sakurazaki, com o tom mais
baixo e sussurrado que antes, deixando as mãos empurrar a maneira e
alargar a pequena abertura para o ar de fora. abrisse.
―
Hã? ― Kotarô não conseguiu esconder sua completa surpresa pela
resposta.
―
Nós podermos ser parecidos, por causa da nossa origem, mas algumas
coisas nos tornaram completamente diferentes, principalmente no
último ano.
―
Do que você está falando afinal? ― questionou ele, irritado.
―
Exatamente disto. ― disse Setsuna, com um sorriso mais
característicos seu, virando-se para o rapaz. Cruzou o pequenino
espaço do quarto e saiu pelo corredor, batendo de leve a porta atrás
de si, sem dizer mais nenhuma palavra, abandonando Kotarô em seus
próprios pensamentos.
Sem
pensar muito, Setsuna subiu até o terraço do pequeno hotel, que era
tomado por varais carregados de roupas e lençois. O sol já havia
desaparecido ao horizonte o céu ia passando de um azul cobalto para
o cinza e, por fim, para preto. Algo dizia a ela que seriam atacados
pelo lendário assassino antes do sol nascer novamente. Só esperava
que Mahora tivesse demorado tempo o bastante para notar seus
desaparecimentos. A última coisa que precisava era da interrupção
dos magos.
Principalmente
se fossem magos muito conhecidos seus. Quanto mais, pior.
O
vento soprou, revelando uma mudança no cenário que fez Setsuna
estalar, virando-se num pulo. Havia alguém a menos de três metros
de distância, com praticamente todo o corpo coberto por uma túnica
cinzenta e de boa aparência. Antes que pudesse atacar quem fosse, a
pessoa falou, confirmando sua identidade para os sentidos afinados de
meio-demônio da shinmei.
E
aquela era a última pessoa que Setsuna esperaria ver, muito mais em
tempo de tantas reviravoltas como eram aqueles:
―
Muito nobre sua atitude, senpai. É realmente uma pessoa admirável
em todos os sentidos, como sempre. ― soou a adocicada e fina voz
A
hanyou sentiu uma onda de ansiedade e incerteza quando fitou os olhos
brilhantes moldados pelos óculos pequenos e redondos sob a sombra
fraca do capuz da túnica.
Setsuna
jamais esperaria ver Tsukuyomi novamente ainda em vida.
[Continua]
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