- Back to Home »
- A Tropical Fish Yearns for Snow , Dengeki Maoh , fandom yuri , Hanigare , Makoto Hagino , Mangá , Nettaigyo wa Yuki ni Kogareru , Resenha , Reviews »
- A Tropical Fish Yearns for Snow - Superando a solidão juntas
E eu diria que a salamandra, um animal que é conhecido por se esconder atrás de rochas e pouco mostrar-se para os humanos, seja o último e principal elemento desse mangá.
Hanigare é uma obra que expressa muito bem sentimentos como solidão e as dúvidas que acontecem durante a adolescência. Ele se utiliza de um conto japonês sobre a amizade entre uma salamandra e um sapo para contar a história das duas garotas, que se conhecem e participam do mesmo clube no colégio (de cuidar do aquário da escola).
Deixe-me explicar:
A história basicamente é sobre uma salamandra que se sentia sozinha e não tinha ninguém que era amigo dela. O sapo aparece e os dois se tornam muito amigos. Tanto que a salamandra torce para o sapo nunca mais sair de perto dela. Bom, basicamente seria uma história meio triste, já que os dois animais ficariam isolados juntos, numa felicidade mórbida (ao meu ver).
E por muito tempo a história das duas garotas é isso. Um jogo de quem é a salamandra e quem está arrastando o sapo para esse limbo. Porém as coisas mudam a partir do momento que as duas tem que fazer esforços para ter mais membros no clube, já que Koyuki irá ir para o terceiro ano e se aposentar logo do clube. O modo que ambas buscam a independência, mas ao mesmo tempo são dependentes é mostrado de modo muito interessante, já que há sempre essa dúvida do que fazer, ou de como a outra garota irá se comportar diante das mudanças que elas sofrem.
As vezes é só uma amizade nova de uma das duas, ou como uma das duas pretende sair da cidade. Tudo é razão para haver conflito no sensível e dependente relacionamento das duas. Aos poucos, outros personagens entram na trama, apoiando as duas personagens e criando uma rede de relacionamentos estáveis e duradouros. Kaede, a amiga de classe de Konatsu, o irmão e os pais de Koyuki, os colegas de classe da mais velha. Aos poucos elas conseguem se abrir para o mundo, juntas, e conseguem mostrar suas individualidades, apesar de muitas vezes haver o medo do julgamento ou de que irão novamente ficar isoladas.
É uma série que delicadamente guia as personagens e o espectador pelas experiências de superar medos e conhecer outras pessoas. Além de um roteiro muito bem trabalho, Makoto Hagino (autora da série) nos trás um deleite de simbolismo visual com a salamandra e o sapo sempre presentes na narrativa.
Ao final da série, completa em 9 volumes, vêmos como as duas são o sapo, mas também a salamandra. E que esse sentimento entre elas nunca irá se dissipar. O laço criado entre elas, apesar de as duas criarem suas independências, é inquebrável.
Postar um comentário