Posted by : LKMazaki quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Olá a todos! Mazaki de volta pontualmente para trazer a sequência de Mastered Negima: Shadow. Como sempre, aventuras e emoções aguardam os membros da Ala Alba, especialmente Setsuna Sakurazaki, que está diante do medo do confronto com sua própria sombra encarnada, Setsuna-P.

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Aviso-legal: Mahou Sensei Negima não me pertence. Mastered Negima é uma obra de fã, sem fins lucrativos.
Mastered Negima Shadow
Capítulo 8: O Resgate


As poucas estrelas que eram visíveis pela pequenina abertura na grossa parede de pedra, apelidada de janela, foram encobertas por pesadas nuvens de chuva. Janela era bondade para o que parecia mais uma pequena entrada de esgoto, quase inteira tomada por grades. A única passagem de ar fresco na escura e úmida cela onde Asuna e Haruna estava presas desde a tarde daquele dia.
As duas haviam sido alimentadas com pedaços duros de pão a algum tempo e a ruiva já sentia os efeitos da nutrição muito inferior a qual estava acostumada. Permanecia atirada sobre a fina camada de palha que havia sido designada como uma das camas da cela. Pouco falava:
― Ei, Asuna, você está mesmo mal assim? ― perguntou Haruna, sentada com as pernas cruzadas sobre a sua própria "cama".
― Tô fraca e com fome, Paru. Se não se cuidar vou acabar confundindo você com um peru assado. ― respondeu a ruiva, erguendo o braço no ar com esforço.
― Nossa, eu não consigo imaginar nem a Konoka nem a Setsuna falando algo tão lésbico assim, Asuna.
― Ora sua. . .
Um som metálico vindo do corredor de pedra que levava até a cela fez as prisioneiras se calarem, apurando a audição para qualquer outro som. Porém o silêncio foi a única resposta das garotas, pontuado por alguma goteira muito distante:
― Será que nunca o pessoal vai nos tirar aqui? ― choramingou a mangaká, ansiosa.
― Não seja idiota. Provavelmente virão só durante o dia. ― disse Asuna. A ruiva também não ficava feliz com isso, mas sabia que era a realidade.
― Mas tiveram tanto tempo, ainda durante a tarde, para voltar.
― Espero que isso não signifique que deu alguma coisa errada.
Um silêncio temeroso se instalou entre as duas aprisionadas. O mesmo só foi quebrado quando Haruna resolveu mudar o foco da conversa:
― Se ao menos eles tivessem deixado alguma lapís e papel por aqui. Eu poderia me distrair rabiscando algum yaoi.
― Eles devem achar que você usaria isso para fugir.
― É claro. Quem sabe eu possa serrar essas barras de ferro com uma folha de papel úmido. Ou que sabe fazer uma rebelião armada de um lapís de ponta quebrada!
Asuna deu uma risada rouca do deboche da outra. Haruna também acabou dando risadas da própria bobagem:
― Se tivesse lapís e papel provavelmente eu já os teria comido.
― Caramba, Asuna, assim não vou confiar em dormir aqui. Vai que amanheço desvirginada.
― Idiota.
― Bela porcaria!
Negi, Kamo, Setsuna, Kotarô e Kuu Fei avançavam saltando pelos telhados da capital de Husdeven, rumo ao palácio de Delaro Igati. A tempestade era tamanha que às vezes algum deles acaba por quase acidentar-se ao errar um salto entre as construções. Não conversavam muito até que Kotarô acabou estravazando sua frustração sonoramente:
― Bela porcaria! Espero não me afogar antes de chegarmos ao palácio!
― Calma, Kotarô. Ele já está lá adiante. ― ponderou Negi, que cobria o rosto com o capuz do casaco sem mangas que vestia. O professor sentia-se sortudo por só precisar dos óculos para ler, pois os mesmos estavam completamente borrados de água.
― Não palecem ter colocado mais ploteções nem nos mulos do palácio. São uns bobões. ― comentou Kuu Fei, quando o grupo finalmente pousou no telhado aberto de um prédio próximo à pequena praça à frente dos portões da residência da governante de Husdeven.
― Mais uma tentativa de disfarçar a crise, mana Kuu. ― disse Kamo.
Negi conjurou uma magia invisível de proteção sobre a cabeça do grupo para que tivessem alguma folga dos golpes gelados da chuva. Espiaram os muros e jardins do palácio por cima do parapeito daquele terraço:
― Seria bom poder saber se as duas realmente estão lá. E onde. ― disse Negi, vasculhando todos os cantos que conseguia ver.
― Eu posso mandar meus inugamis investigarem. ― sugeriu Kotarô.
― Acho que uma matilha não é a melhor forma de espionar. ― admitiu Kuu Fei, imaginando a cena.
― Eu vou usar a Chibi Setsuna, então. ― disse a shinmei.
― Ótimo, Setsuna-san. A Chibi Setsuna pode ser frágil, mas é muito útil para isto.
― E confiável. ― acrescentou Kotarô.
Ignorando o comentário do outro hanyou, Setsuna retirou do bolso interno do leve casaco que trajava a dobradura referente à sua shikigami mais antiga e fiel. Em um instante, Chibi Setsuna surgiu flutuando à frente da espadachim:
― Chibi Setsuna. Preciso que faça algo muito importante para mim.
― Sim, senhora! Estou aqui para ajudá-la. Mas. . . ― os olhos grandes e redondos da invocação pareceram demonstrar alguma preocupação. ― Está tudo bem, mestra? Sinto seu ki um pouco perturbado.
― Não é nada. Agora me escute com atenção.
Setsuna passou as instruções para a pequena com rapidez e logo o grupo assistiu a mesma desaparecer em meio às pesadas gotas de chuva, indo em direção ao palácio. Então sentaram-se escondidos pelo parapeito, aguardando:
― O que me deixa realmente tenso nessa parada é pensar que aquela maluca pode aparecer a qualquer momento. ― comentou Kotarô, depois de um certo tempo do grupo ter permanecido calado. ― Ela tem dois daqueles amuletos, não sei se temos como lidar com isso.
― Não adianta ficar pensando nisso agora, Kotarô. Vamos primeiro resgatar as garotas para então ver o que será feito. ― disse Negi. O mago parecia incomodado com a indelicadeza do amigo em tocar num assunto difícil especialmente para uma das pessoas presentes.
― Ah cara, eu sei disso né. Mas aquela coisa não tá de brincadeira. Ela quer nossas cabeças empalhadas!
Setsuna permaneceu completamente alheia ao debate. Metade dos seus sentidos estavam acompanhando a evolução da busca de Chibi Setsuna pelos jardins de Delaro Igati. Outra metade estava tentando não pensar sobre aquela situação tão incômoda que aparecera em sua vida no dia anterior:
― Ela encontrou! ― exclamou a shinmei, repentinamente, espantando os amigos.
― Encontrou?! Onde?! ― questionou Kotarô.
― Isso só da pra saber quando ela chegar aqui. Não tenho como pegar os detalhes.
O grupo esperou vários minutos até que enfim a pequena shikigami retornou para o abrigo mágico, para então explicar os detalhes da sua investigação:
― Mestra, as duas garotas estão bem. ― disse Chibi Setsuna, iniciando seu relatório. ― A cela delas tem uma pequena abertura para o jardim, na parte de trás do palácio. Existem muitos soldados próximos ao local, mas não há sinais de qualquer barreira ou proteções mágicas.
― Os caras realmente não majam nada de magia. ― disse Kotarô, falando o óbvio.
― Essa é uma grande sorte nossa. ― comentou Negi.
― Fez um ótimo trabalho, Chibi Setsuna, já pode descansar.
― Muito obrigada, mestra! Espero que você melhore logo. Tchau gente! ― despediu-se a pequena shikigami, retornando à sua forma de papel.
― Certo. Vamos para a parte de trás do palácio, sem que eles percebam. ― disse o líder da Ala Alba e o grupo partiu.
Na parte de trás do palácio de governo de Husdeven não havia nenhum edifício que fosse mais alto do que o muro, o que fez o grupo se refugiar entre duas casas abandonadas que haviam ali:
― Qual o plano, então? ― perguntou Kuu Fei, parecendo ansiosa para o momento da invasão.
― É simples: eu e você acabamos com os soldados, Kuu Fei. Negi e Setsuna tiram as garotas de lá de dentro. ― disse Kotarô, sem dar nem tempo para que o professor-mago se pronunciasse.
― Ótimo! Quelo mesmo é lutar!
― Tsc. Bom, Setsuna. Precisamos ter alguma ideia específica para pode entrar.
― Que tal, professor: você utiliza um ataque pesado para poder abrir um buraco na parede, onde há a pequena abertura, e eu tento tirar as duas lá de dentro voando?
― É uma ideia muito boa! ― disse Kotarô, animado.
― Fica quieto um minuto, guri! ― reclamou Kamo, visivelmente constrariado com as intromissões do meio-kuzoku.
― Foi mal!
― Certo. Então está combinado. Vamos todos ao meu sinal: 3, 2, 1. . .JÁ!
A ação teve início de maneira sincronizada. Quatro vultos saltaram por cima dos muros da parte de trás do palácio do governo de Husdeven, lar atual de Delaro Igati. A chuva torrencial não havia diminuído de intensidade, o que tornou a reação dos soldados um tanto mais atrapalhada e lenta do que normalmente teria sido. A altura em que os primeiros alcançaram o cordão defensivo de Kotarô e Kuu Fei, Negi já havia alertado do seu ataque e avançava contra a parede de pedra que cercava a pequena abertura da prisão.
O estrondo foi enorme foi enorme. Pedra e poeira voaram para todos os lados. Dentro da cela, Asuna e Haruna esconderam a cabeça com os braços para não serem acertadas pelos destroços. A ação estava se desenvolvendo perfeitamente. No momento em que Setsuna saltou para dentro do buraco aberto, Negi já havia se juntado a Kotarô e Kuu Fei para deter a enorme quantidade de soldados de Delaro Igati que avançava contra o grupo. A shinmei aterrisou com exatidão mesmo sob o chão tomado de pedras:
― Garotas, segurem nos meus braços. Vou tirar nós três daqui de uma só vez.
― Setsuna! Graças a Deus. Eu seria capaz de te beijar te tanta felicidade! ― exclamou Asuna, correndo para segurar no braço direito da amiga.
― Dá um tempo desses ataques de lesbianismo aí, Asuna! ― retrucou Haruna, segurando o braço esquerdo da espadachim com toda a força.
― Vamos lá. Eu só posso fazer isso uma vez, então espero que dê certo. ― disse Setsuna, abrindo e esticando suas asas de penas totalmente brancas.
A meio-uzoku esticou as asas ao máximo e depois fez um movimento de impulso reunindo uma enorme quantidade de ki para a ação. As três garotas alçaram voo, subindo mais de quatro metros no ar, para depois pousar com pouca delicadeza sobre o gramado exarcado do palácio. Setsuna não conseguiu se equilibrar após ser solta por Asuna e Haruna, caindo sentada por um momento:
― Maravilha! ― berrou Kotarô, após derrubar mais um soldado. ― Sejam bem vindas de volta, garotas!
― Não temos tempo para conversar agora, pessoal, vamos sair daqui logo! ― exclamou Negi, atirando magias de ar para ambos os lados, detendo o avanço de dois pequenos batalhões vindos das laterais do palácio.
― Eu te levo, Asuna! ― exclamou Kuu Fei, colocando a ruiva no colo sem nem perguntar. A chinesa saltou por cima do muro do palácio com facilidade.
― Ok, eu também! ― disse Kotarô, segurando e levando Paru consigo para o outro lado.
― Setsuna-san, você está bem? Precisamos ir agora! ― perguntou Negi, vendo a aparente dificuldade da shinmei em se levantar.
― Estou bem sim, sensei. Perdoe minha leve distração. ― disse Setsuna, saltando para o muro do palácio, sendo seguida pelo professor-mago.
Depois do grupo reunido do lado de fora, o processo de escapatório foi até mais fácil do que no dia anterior. Devido a tempestade os soldados não foram capazes de acompanhar a velocidade da Ala Alba, que logo estava segura, no alto de uma torre de aspecto antigo:
― Gente, valeu mesmo. Eu já estava desesperada naquele buraco. ― disse Haruna.
― Desculpem, garotas. Foi culpa minha vocês terem sido capturadas. Eu ainda preciso melhorar muito como líder da Ala Alba. ― disse Negi, passando a mão pelos cabelos na tentativa inútil de livrá-los da água.
― Não precisa ficar tão preocupado assim, moleque. Só nunca mais me deixe ficar presa tanto tempo em um lugar sem comida decente. ― disse Asuna, com um sorriso cansado.
― Eu já estava acreditando mesmo que ia me tornar vítima de canibalismo, professor. Foi assustador. ― debochou Haruna e o grupo deu algumas risadas da reação irritada da ruiva. Todos menos Setsuna.
A espadachim estava sentada em um canto um pouco afastado dos amigos. Observava a cidade sendo golpeada pela chuva incessante. Seus pensamentos estava distante daquele momento de alegria pelo resgate das amigas. A sombra que ainda vagava lá fora estava atormentando o coração da meio-uzoku, não deixando espaço nem para aquele momento de relaxamento.
O grupo havia tido uma vitória, com certeza. Porém a verdadeira batalha ainda estava por acontecer, a qualquer momento. Uma nuvem de incertezas que Setsuna Sakurazaki não poderia permitir se espalhar livremente, sem intervir.
"Chibi Setsuna, acho que você terá outra tarefa muito importante para cumprir hoje" foi o que a hanyou disse a si mesma naquele momento.

3 Responses so far.

  1. Saudações


    A verdadeira parte boa de uma fanfiction está na ramificação que tu podes criar, aproximando-se ou distanciando-se um tanto da história original. E sabes usar bem desta qualidade, amiga Mazaki.

    Está muito boa a temática e o modo como a história está por se conduzir.

    Acompanhando.


    Até mais!

  2. Anônimo says:

    Muito boa. Espero anciosa pelo proximo capitulo.

  3. Anônimo says:

    felicidade! tava louca para ler ^^
    aguardando o próximo cap, estou adorado esse fanfic
    bjs ,*

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