Posted by : LKMazaki quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Olá a todos! Mais uma quarta-feira chegando e junto com ela um novo capítulo de Mastered Negima: Shadow. Como foi anunciado na página do KaS no facebook (https://www.facebook.com/KonoAiSetsu) a autora de Shadow (ou seja, eu mesma) já finalizou a escrita de toda a saga, portanto é só ler e acompanhar, pois Shadow estará aqui presente nas próximas nove semanas aqui no blog.

Mas, sem perder mais tempo, vamos ao capítulo. "Encontros" é o título da quinta etapa de Shadow, isso porque em mais de um lugar estão acontecendo encontros que irão determinar os rumos da trama.

Leitura Online (mediafire)



Aviso-legal: Mahou Sensei Negima não me pertence. Mastered Negima é uma obra de fã, sem fins lucrativos.
Mastered Negima Shadow
Capítulo 5: Encontros



Ainda que no Japão fosse verão, no hemisfério sul do planeta o frio predominava naquela época do ano. Em uma pequena cidade costeira da América do Sul o frio era tremendo que, se fosse possível, provavelmente estaria nevando. Como em qualquer lugar simplório, as tramas relacionadas à magia e poderes extraordinários acontecia sem que a sociedade "comum" tivesse qualquer conhecimento.
A mercenária Tsukuyomi caminhava pelas ruas do centro da pequena cidade observando com olhos atentos a tudo ao seu redor. Tinha uma pista forte de que um fugitivo da justiça mágica estaria naquele lugar e a recompensa pela sua captura era enorme. Ainda que não visse seu alvo caminhando tranquilamente pelas ruas, sabia que ao menos seu comparsa e servo seria mais fácil de capturar, por tanto estava em alerta.
Porém não bastou nem a tarde inteira para que ela conseguisse detectar seus alvos em qualquer parte. Aquilo não a surpreendia. Se fosse tão simples a recompensa não seria tão alta. Retornou para o hotel onde estava hospedada, mesmo sabendo que uma ronda noturna poderia ser mais eficaz. Aquela viagem era também como umas férias nunca antes tiradas, então ela se permitia este tipo de regalia com bastante frequência.
O quarto onde estava hospedada era bastante confortável, um dos melhores do hotel referência da cidade. Ao chegar, Tsukuyomi pegou no chão um envelope que havia sido passado por debaixo da porta quando estava fora. Não havia qualquer coisa escrita no remetente ou mesmo destinatário, mas ela sabia perfeitamente do que se tratava. Caminhou até a cama e sentou-se antes de abrir a correspondência.
Dentro haviam três folhas de papel, onde duas eram cópias menores de mapas e a terceira era uma tabela com datas e nomes de locais.
A programação completa da viagem que a Ala Alba faria. Naquele dia aliás, já devia estar fazendo. Segundo a programação o grupo teria saido da cidade acadêmica de Mahora no início da manhã em uma viagem de quatro dias até o longínquo país mágico de Husdeven.
Tsukuyomi amassou as folhas junto com o envelope e produziu chamas para consumí-los. Aquelas informações compradas tiveram o efeito de deixar a espadachim shinmei irritada consigo mesma. Estava fazendo aquela viagem para longe do Japão em grande parte para esquecer definitivamente o seu sentimento frustrado por Setsuna Sakurazaki, mas não era capaz de recusar a compra de informações relacionadas à esta.
Quando a correspondência havia sido transformadas em um punhado de cinzas a garota esticou o braço para depositar estas no cesto de lixo que havia próximo. Por dentro sua cabeça estava tomada por xingamentos sobre aquela atitude rizível. Já não bastava a humilhação de ter sido rejeitada graças à uma patricinha, Tsukuyomi ainda se submetia àquela situação de espionar mesmo estando distante. Precisava superar aquilo. Esquecer.
Porém um desejo tão forte quanto aquele, quando frustrado, tornava-se ainda mais difícil de afastar dos pensamentos. Volta e meia a mercenária se pegava imaginando como seria ser a escolhida de Sakurazaki. Mesmo que fosse para durar apenas uma ou duas noites, já seria o bastante para não haver aquela raiva e carência tremendas.
Batidas na porta distraíram a caçadora de recompensas dos seus pensamentos amargos. Havia armadilhas para perceber a aproximação do seu alvo e comparsa, então Tsukuyomi imaginou que seria o serviço de quarto. Caminhou até a entrada sem muita vontade e abriu a porta sem antes observar pelo olho mágico.
Porém o rosto que estava do outro lado da abertura, sorrindo para ela era tal que causou um choque tremendo aos pensamentos da espadachim. Sua expressão deixou a mostra toda a sua surpresa e, sem perceber, Tsukuyomi se afastou um passo. O entendimento chegou rápido ao seu pensamento e ela pode se tranquilizar um pouco. Não muito, pois aquele encontro continuava sendo algo que ela consideraria impossível:
― Você sabe quem eu sou, não é? ― perguntou a pessoa. O tom podia ser outro, mas a voz era exatamente como a que povoava as lembranças mais fortes da mercenária. Sem perguntar, e mantendo o sorriso no rosto, a pessoa entrou no quarto. Talvez tenha sido proposital, mas esta não desviou o olhar por nenhum instante dos olhos ainda surpresos de Tsukuyomi.
Esta demorou alguns instantes para se situar. Quando o fez, tratou de fechar a porta do quarto. Sua mão direita já estava no cabo de uma das espadas que usava sobre o casaco:
― Creio que não iremos precisar de nossas armas hoje. Tsukuyomi, estou aqui hoje apenas para fazer uma negociação.
― Negócios? Comigo? Não consigo imaginar o que. . . alguém como você poderia querer negociar. ― o tom da mercenária era ríspido. Aquela situação era estranha demais para conseguir ficar confortável com qualquer coisa que fosse dita.
― Já vou lhe explicar. ― começou a pessoa, olhando ao redor. Visualizou duas confortáveis poltronas que haviam perto da larga janela de vidro que se abria para a sacada. Caminhou e sentou em uma dos lugares. Tsukuyomi continuou parada. ― A verdade é que estou te procurando a algum tempo. Desde que retornei a esta dimensão, para ser mais exata. Preciso de algumas informações e tenho certeza de que você pode me fornecer.
Tsukuyomi piscou. Ela queria saber sobre a Ala Alba?
― Estive em Mahora hoje pela parte da tarde e percebi que os principais membros da Ala Alba estão ausentes. Infelizmente a segurança do lugar não me permitiu investigar isto a fundo. Então percebi que, se alguém teria esta informação longe dali, seria você.
― Você está me dizendo que estava no Japão nesta tarde?
― Deslocar-me pelo espaço se tornou bastante simples desde que eu "renasci". Parece ser uma dádiva que meu bem-feitor me deu.
Tsukuyomi sentia um instinto cada vez maior de iniciar uma batalha. Porém sua curiosidade era maior, ou talvez fosse apenas o efeito de ter aquele rosto sorrindo para si de maneira tão agradável. Ela queria ouvir a proposta até o final:
― Talvez eu tenha as informações que deseja. Mas eu não consigo pensar em algum preço razoável por isto.
O sorriso da outra se abriu mais. Exibia uma confiança enorme. A pessoa se levantou e começou a se aproximar sem pressa:
― Pois eu sei que preço seria adequado para estas informações. E, para a sua sorte, eu sou a exata pessoa que pode pagar por isto.
A essa altura a pessoa já estava a menos de um passo de distância. Os pensamentos de Tsukuyomi se agitavam de maneira quase caótica ao encarar aquele rosto de tão perto:
― Do que está falando?
A pessoa continuou encarando-a por algum tempo, então curvou-se para falar ao ouvido esquerdo de Tsukuyomi. A mercenária não conseguia pensar em mover-se dali. Teria sido um alvo dado se aquilo fosse uma armadilha para aplicar-lhe um golpe mortal:
― Eu tenho. . . este corpo, Tsukuyomi. O corpo que você tanto ambiciona pode ser todo seu por um dia. Em troca eu apenas levarei comigo a informação. ― sussurrou a pessoa, endireitando a postura depois disto. Seu sorriso continuava o mesmo. Tsukuyomi estava completamente alterada. Encarava os olhos daquela pessoa com choque e ganância. Estava certa, aquela era uma oferta mais do que ideal para uma simples informação.
― Fechado.
O sorriso vitorioso da outra foi absoluto:
― Sabia que fecharíamos um grande negócio. ― respondeu a pessoa, antes de dar mais um passo para começar logo a realizar o pagamento da sua tão importante compra.
O palácio da governante de Husdeven era bastante suntuoso se comparado ao resto da cidade. Os muros eram ricos em detalhes esculpidos na pedra de maneira graciosa. Os portões de metal pesado se abriram sem muito esforço dos vigilantes quando a Ala Alba chegou ali. Do grupo que viajara até aquele distante país, Nodoka e Yue havia permanecido na estalagem onde estavam hospedados. Uma medida preventiva, já que Kamo havia voltado com uma leve impressão de que talvez não fosse ser tão bem recebidos po Delaro Igati.
O grupo foi guiado até o hall de entrada do palácio e ali permaneceu durante algum tempo aguardando. Ficaram bastante impressionados com os detalhes da decoração, quadros e ornamentos que haviam em cada canto do lugar. Setsuna se perguntou sobre o quão rico poderia ser a arte daquela nação para ter uma variedade daquele tipo de itens e logo deu-se por conta de que provavelmente aquela coleção devia ser integrada de muitos objetos de outros mundos paralelos, ou mesmo da Terra. Em seu devaneio momentâneo, a espadachim chegou a concluir que esse apreço por diferentes itens estaria em parte relacionado ao paradeiro de dois dos artefatos mágicos escondidos pelo Thousand Master terem ido parar nas mãos daquela mulher:
― Vocês podem entrar. ― disse um dos soldados, se aproximando. ― A Grande Governante Igati os aguarda em sua sala de reuniões.
A dita sala tratava-se de um pequeno salão com grandes janelas onde o único local para sentar-se era o trono ornamentado onde estava Delaro Igati a observá-los.
A mulher de pele morena e curvas acentuadas pelo corte de seu rico vestido apenas os estudou enquanto os dois soldados que haviam no recinto se retiraram, batendo a porta atrás do grupo ao passar. Restou apenas o que parecia ser o veterano ou chefe militar, que permaneceu postado em pé ao lado de Delaro:
― Sejam bem vindas, crianças da Terra. ― cumprimentou Delaro com uma voz entre o tom frio e adocicado, sem dar-se ao trabalho de sequer erguer o queixo que estava ligeiramente apoiado no punho direito.
― Governante Delaro Igati. ― começou Negi, dando um passo a frente como o líder daquela excursão. ― O time de investigação mágica da Ala Alba lhe dá os cumprimentos e agradecimentos por esta reunião em nome de Mahora e das associações de magia japonesas e britânicas da Terra.
― Mahora. ― repetiu a governante. ― Mesmo nestas terras o nome deste lugar tem algum significado. Ainda que para nós esta Mahora seja apenas um local que guarda muitos segredos antigos da magia. ― comentou Delaro, quebrando a formalidade da apresentação do mago. ― Mas é claro que quase nada se deve ouvir falar de Husdeven em Mahora. Os magos da Terra tem uma grande capacidde de ignorar boa parte do que acontece nas realidades paralelas.
Negi pensou em contra-argumentar a acusação, mas preferiu permanecer em silêncio sobre tal. Ainda que apenas um par de frases tenha sido trocado, todos podiam sentir o clima de hostilidade embutido na fala de Delaro Igati. Neste momento não era apenas Konoka quem tinha um pressentimento de que as coisas poderiam caminhar mal naquela conversa:
― Grande Governante. ― retomou Negi, com o exato tom respeitoso de antes. ― Acredito que ontem meu enviado entregou-lhe uma breve mensagem que introduzia ao assunto que nos trouxe até seus domínios nesta ocasião.
― Sim, claro. Apesar de aquele papel apenas ter confirmado o que já era para mim evidente ser o motivo de tão honorável visitação. Devo apenas salientar que não imaginaria que o grupo em questão, chamado Ala Alba, fosse ser tão jovem e tão fraco quanto o que estou vendo.
― Tsc. ― Kotarô já estava bastante irritado com o deboche na fala daquela mulher. Já estava preferindo que a ladainha terminasse logo para que a ação tivesse início.
― Bom. . . ― Negi manteve com perfeição o tom sereno na voz. ― Surpreende-me um pouco a Governante dizer que já sabia do que se tratava.
― Claro que sabia, garoto. ― a cada resposta o tom de Delaro estava ficando mais áspero. ― Vocês foram enviados aqui para roubar minhas preciosas gemas. ― disse, enfim ajeitando a postura para encarar os jovens com olhar altivo e frio. ― Só não me surpreendo com a ardilosidade do vosso plano por não ser do tipo que duvida dos métodos questionáveis da sociedade Arcana.
Asuna era outra que já estava irritada ao ponto de estar com vontade de sacar sua carta de pacto para resolver logo a questão de modo prático:
― Não! Você entendeu errado, governante. ― defendeu Negi. ― Deixe-nos explicar mais claramente sobre a importância de manter estes artefatos em segurança máxima. Além disso estamos autorizados a negociar qualquer valor que venha a ser necessário para tal, governante.
― Valor? ― riu-se Delaro. ― Quando digo que vocês da Terra ignoram o que acontece nos mundos paralelos você discorda, jovem. Porém se realmente soubesse de algo, saberia que tenho opositores esperando a primeira oportunidade de tirar-me do poder. A única coisa que mantém a minha autoridade são as gemas. Isso até antes de vocês começarem a agir, é claro.
Negi ficou sem resposta. De fato aquele detalhe político não havia aparecido nas pesquisas e nem fora informado por algum professor-mago em Mahora. Talvez fosse algo que realmente ninguém na Terra soubesse:
― Percebe o que digo, filho do Thousand Master? Enquanto eu tive o cuidado de pesquisar a identidade de todos vocês, em contrapartida, vocês sequer se deram ao trabalho de entender qualquer coisa sobre Husdeven antes de me furtar e vir com essa ladainha.
― Furtar? Do que está falando? ― manifestou-se Setsuna, com seu tom sério porém carregado de alguma irritação.
― Você. Pela espada e postura devo admitir que é a shinmei meio-demônio, certo? Isso justificaria também essa falta de escrúpulos em vir me questionar com esse tom de falsa inocência tão natural.
― O que?!
― G-Governante Igati. ― chamou Negi, tentando retomar o controle da conversa, mesmo percebendo que as coisas estavam desmoronando mais rápido do que esperaria. ― Realmente não fazemos idéia do que quer dizer com esta acusação de furto. Chegamos ao seu país a menos de dois dias então não estamos cientes do que aconteceu.
― Se insistem tanto em bancar os inocentes eu lhes esclareço: acontece que minhas gemas estão desaparecidas a quase um mês. Nenhum dos meus inimigos políticos se manifestou, o que me leva a crer que não esteja em posse de nenhum deles. Um sumiço sem deixar quaisquer vestígios e agora vocês aparecem para negociar. Para mim fica evidente que foi Mahora quem se apossou de meus artefatos com antecedência, apenas para declarar posteriormente como a negociação foi rápida e acertada com o pequeninho e insignificantes país de Husdeven!
― Será possível que tinha alguma coisa errada com aqueles malditos mapas?! ― exclamou Kotarô, enfurecido.
― O que isso significa, Negi-kun?! ― questionou Haruna, porém o garoto também estava chocado com a situação.
― A própria Hakase disse que o mapa não indicava a posição atual dos objetos, mas sim as impressões que já teriam tido tempo de trafegar pelo espaço entre as dimensões e chegar até Mahora. ― disse Konoka. ― Só podemos acreditar que a localização que vimos foi anterior ao tal furto.
― A não ser que essa daí esteja tentando nos enganar. . . ― comentou Asuna. Porém ao escutar esta acusação, Delaro levantou-se em revolta àquelas palavras.
― Mas vejam se não são os ladrões me acusando neste momento! Bill, já sabe o que fazer! ― disse Delaro.
O homem postado ao lado da governante, Bill, deu um berro enquanto batia um dos pés no chão com força, causando um impacto amplificado por leves ondas mágicas.
Era o sinal. As portas do salão se abriram e soldados começaram a entrar as dezenas. Não apenas por ali, mas como das janelas e mesmo vindo das pequenas entradas ao apontendo que haviam na parede às costas do trono de Delaro Igati.
O campo de batalha estava formado.

One Response so far.

  1. Anônimo says:

    cada vez melhor =^^=

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