Posted by : LKMazaki quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Olá a todos! Mais uma semana, mais Shadow! Neste capítulo, que marca praticamente a metade da série de Shadow, todo o cenário construído em busca das gemas em Husdeven, além de fatores ainda sombrios na trama, vão se cruzar e dar a dimensão dos problemas que aguardam Konoka, Setsuna e toda a Ala Alba.

E nada melhor do que começar com uma grande batalha, nos domínios de Delaro Igati.

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Aviso-legal: Mahou Sensei Negima não me pertence. Mastered Negima é uma obra de fã, sem fins lucrativos.
Mastered Negima Shadow
Capítulo 6: Confronto imprevisto


O clima não poderia ser menos amistoso na sala de reuniões do palácio de Delaro Igati. Dezenas de soldados saídos de todas as portas do aposento estavam posicionados para investir contra a Ala Alba. A governante encarava o grupo com raiva evidente enquanto Negi se esforçava para manter a seriedade, apesar da visível tensão:
― Palece que a hola de lutar lealmente chegou-aru. ― disse Kuu Fei baixo, que tinha um leve sorrisinho ao encarar os adversários.
― Eles não parecem grande coisa. ― comentou Asuna em igual tom baixo.
― O problema aqui é a quantidade. ― disse Setsuna, já posicionada com o braço protegendo o corpo de Konoka.
― Pois é. Eles podem nos dar algum trabalho. ― concordou Kotarô.
― Não podemos lutar. ― sentenciou Negi. ― Vamos estar dando mais argumentos para ela usar contra nós.
― Precisamos recuar, né. ― apoiou Konoka.
― Não adianta ficarem de cochicho agora, Ala Alba. ― disse Delaro. ― Vocês serão muito mais úteis nas minhas prisões do que tentando me convencer de suas mentiras. Bill!
― Sim, senhora? ― respondeu prontamente o líder militar.
― Capture este grupo e os coloque em selas separadas. ― ordenou a governante.
― Sim, magestade. ― acentiu Bill. ― Homens! Ouviram a ordem! Esses garotos não podem sair dos muros deste palácio!
E assim a confusão teve início. A sala de reuniões foi invadida por mais guerreiros e estes avançaram:
― Temos que sair daqui! ― disse Negi, já assumindo posição de luta e defendendo o primeiro ataque de um dos que avançara sobre ele. ― Ela não vai poder continuar a perseguição nas ruas da cidade! Vamos!
A Ala Alba se dividiu para tentar driblar a investida dos inimigos. Negi, Kotarô e Kuu Fei tentaram atrair a maior quantidade de soldados o possível para o meio do salão, na tentativa de dar abertura para os outros dois grupos escaparem. Asuna e Paru se juntaram para derrubar a maior quantidade de de soldados o possível. A ruiva invocou sua espada e Haruna desenhou um de seus monstros de batalha mais agressivos para ser conjurado pelo seu artefato.
Do outro lado da sala, Setsuna e Konoka nocauteavam com facilidade os que avançavam sobre elas. Konoka era capaz de detê-los facilmente e a shinmei os derrubava com golpes mais pesados, porém menos perigosos.
Delaro assistia toda a confusão do seu trono, parecendo divertir-se bastante. O homem ao seu lado observava com atenção do desenrolar da batalha. Como dissera o professor-mago, eles não poderiam deixar que o grupo saísse do palácio. Perseguí-los publicamente iria denunciar o momento de fraqueza que Delaro passava, o que já seria o suficiente para os seus opositores tramarem sua saída do poder.
Os minutos iam transcorrendo e ainda que nenhum membro da Ala Alba tivesse sido golpeado pelos soldados mágicos de Husdeven, a batalha parecia se alongar ao infinito. Isso porque os jovens mal conseguiam golpear os adversários em tempo hábil para que os primeiros a serem acertados não voltassem a investir com bravura. O pior é que Negi tinha certeza de que aquela era apenas uma parcela dos militares que deviam estar espalhados por todos os acessos e pelos terrenos internos do palácio. Ainda que o nível de batalha deste fosse mediano somente, a Ala Alba poderia acabar sufocada e exaurida pela extensão do confronto.
― Aniki, precisamos abrir espaço para ao menos voltar ao salão de entrada! ― disse Kamo, que se enfiava pela gola do rapaz para não cair. ― Use uma mágia de vento para abrir uma passagem!
― Boa idéia Kamo! ― disse o mago, agarrando o braço de um dos soldados e aplicando uma "palma de ferro" no peito deste, o lançando uns metros longe. Sem perder tempo o garoto virou a mão livre na direção da entrada e conjurou mesmo sem palavras a poderosa magia de vento, que derrubou e afastou a maioria dos soldados no caminho.
Setsuna também já estava frustrada com aquele embate sem avanços. Foi no momento em que sua espada refletiu o sol que se enxergava pelas grandes janelas que a espadachim percebeu o caminho óbvio:
― Kono-chan. Vamos escapar daqui!― exclamou, esticando a mão para segurar o braço mais próximo da namorada e puxando-a para si.
Os soldados acreditaram que essa brecha os permitiria atacar diretamente a meio-uzoku, mas foram repelidos quando as asas brancas desta se abriram num movimento rápido. Sem hesitar, Setsuna alçou voo e passou janela à fora com Konoka nos braços. O casal pousou sobre o muro lateral do palácio. Poderiam ter escapado, mas não iriam abandonar os amigos à própria sorte.
A hanyou pousou Konoka ao seu lado, sem soltar-lhe a cintura. Ainda que a batalha tivesse apenas sido adiada para as duas, Konoka conseguiu distrair-se por completo da ação graças à proximidade da namorada:
― Etto. . . Set-chan. ― chamou a maga, com a intenção de pedir para que a outra para que a soltasse. Setsuna sequer parecia ter percebido o que fazia, pois observava a movimentação na parte mais distante dos terrenos externos do palácio. ― Set-chan. . .
― O que? ― perguntou a espadachim, enfim percebendo a chamada de atenção da outra.
― Não vou conseguir conjurar muita coisa se continuar me apertando né.
― A-Ah! D-Desculpe! ― disse a shinmei, desajeitada, percebendo o que fazia. Soltou a namorada, o rosto um pouco corado.
― Você é sempre fofa, Set-chan. ― disse Konoka, depositando um beijo na bochecha da namorada.
― K-Kono-chan!
― Ei, vocês! Que tal uma ajuda aqui ao invés de ficar namorando?! ― exclamou Asuna, do parapeito de uma das janelas do salão.
― Ok! ― respondeu Konoka, apontando a varinha profissional que estava usando na batalha na direção da ruiva. ― Desvie, Asuna!
A ruiva saiu no instante anterior a uma fortíssima onda de vento invadir o salão pela janela. Tão poderosa que todos ali foram afetados pela força do golpe. A essa altura Negi e Kotarô já estavam no hall de entrada do castelo, então apenas Kuu Fei, Haruna e Asuna se beneficiaram da confusão do golpe:
― Pala os jaldins! ― exclamou a guerreira chinesa. Paru subiu nas costas do seu monstro e o mesmo saltou por uma das janelas. Asuna apenas saltou daquela altura e pousou com precisão.
Porém o exército da governante estava preparado. Os jardins estavam cheios de soldados e também de maquinário para tentar capturar os supostos ladrões. Mesmo em cima do largo muro que cercava o palácio guerreiros corriam para cercar a Ala Alba.
Setsuna foi abrindo caminho para ela e Konoka, derrubando com facilidade os soldados que tentava impedir seu caminho com espadas ordinárias ou mesmo lanças. Konoka atirava magias paralisantes ou de vento para auxiliar as amigas que estavam nos jardins e por duas vezes impediu que Haru tivesse seu artefato roubado, o que poderia fazer desaparecer a criatura desenhada pela mesma.
Negi e Kotarô logo também se uniram ao confronto do jardim. Com as mãos limpas ele e Kotarô iam abrindo espaço pela multidão de soldados. Aos poucos a confronto foi se focando na parte esquerda dos jardins frontais do palácio:
― Negi! Venham para este lado do muro. Vamos embora por aqui! ― chamou Konoka telepaticamente, o que pode ser ouvido por todos os membros da Ala Alba.
― Certo! Pessoal, vamos embora! ― exclamou Negi, jogando longe outro soldado que havia tentado agarrar suas pernas para derrubá-lo.
Um a um os membros do grupo foram saltando para o muro e dali para o telhado de uma construção de dois andares que havia a alguns metros do palácio:
― Vamos nessa! ― disse Asuna, se preparando para o salto. Setsuna colocou Konoka nos braços e também passou para a construção seguinte. Foram depresssa demais para ouvir uma voz as costas da ruiva, que distraiu a mesma da sua fuga.
― Nem pense nisso, jovem.
Asuna voltou-se para a direção do som e percebeu imediatamente que estava numa situação bem ruim.
Entrementes, do lado de fora do palácio, o grupo continuou pulando de telhado em telhado, com alguns poucos guerreiros os perseguindo. Porém logo estes foram se deixando distanciar:
― Isso aí! Voltem para as saias daquela velha! ― xingou Kotarô, quando o grupo começou a se reunir em um terraço desocupado.
― Espera, cadê a Asuna? ― perguntou Negi, alarmado.
― Mano, as manas Asuna e Paru não vieram conosco! ― disse Kamo.
― Droga! Eu me apressei demais. ― exasperou-se Setsuna.
― Vamos voltar! ― sugeriu Kotarô.
― Não! A essa altura eles já devem ter aprisionado as duas. . . ― disse o professor-mago, mordendo os lábios em frustração. ― Como pude falhar desse jeito?
― Calma, Negi. Não deve ser tão difícil resgatá-las. ― disse Konoka.
― O que? ― questionou Setsuna, mais surpresa pela reação imediata e determinada da namorada. A shinmei realmente ainda subestimava muito a sua protegida.
― Isso! É só chegar quebrando tudo! ― disse o meio-kuzoku.
― Não! Vamos ter que fazer isso com calma. Já deu muita coisa errada para arriscar assim. ― ponderou Negi.
― Calamba, que confusão. Agola, além de estarmos sem nossas amigas, não sabemos o paladeilo das gemas. ― ponderou Kuu Fei, enxugando o suor da testa.
― Um fracasso completo. ― rosnou Negi.
― Não deveríamos agora sair dessa cidade e preparar o resgate? ― sugeriu Sakurazaki.
― Não precisamos nos esconder tanto assim, mana Setsuna. Aquela mulher está realmente encurralada pelos opositores. Senão os caras não teriam desistido tão fácil.
― Ela não pode deixar que ninguém descubra sobre a perda das gemas. Isso nos dá mesmo alguma segurança. ― concordou Konoka.
― Cara, então podemos simplesmente voltar ao hotel? ― questionou Kotarô, meio cético.
― Senão fosse assim, a essa altura também Nodoka e Yue teriam sido já capturadas. ― disse Negi. ― Mas não recebi nenhum alerta delas. Realmente estamos a salvo enquanto estivermos em local público.
O grupo desceu do terraço para um beco. O clima era de derrota e frustração. Mas aquela não era a última grande emoção daquele dia.
― Gente, sei que estão todos chateados, mas não vai adiantar nada ficarmos aqui até o anoitecer. ― disse Kamo.
O grupo remanescente da reunião com Delaro Igati estava parado em um beco traquilo a mais de meia hora, mesmo sem a real necessidade de estar escondidos. Ninguém havia trocado palavras durante todo aquele tempo. Cada um parecia estar remoendo seus próprios pensamentos irritados em particular.
Mesmo Konoka demonstrava uma expressão de tensão. Talvez até mais do que qualquer outro do grupo. O coração da maga estava pesado. Durante todo aquele tempo havia tido pressentimentos ruins sobre o encontro com a líder política de Husdeven, e agora estavam naquela situação. Porém não era somente este fato que a mantinha perturbada. Seus sentidos estavam ainda em alerta máximo. Estes lhe diziam que algo ainda pior iria acontecer, antes mesmo do que pudessem esperar. Provavelmente algo que não seria causado pela governante. Isso, acima de tudo, assombrava o coração da maga branca.
O grupo estava tão mergulhado em suas preocupações que não foi capaz de notar que estava sendo observado. Da janela de uma pequena torre, uma figura parecia aproveitar aquele momento, observando o rancor dos membros da Ala Alba. A verdade é que a pessoa sentia uma grande agitação no peito, uma ansiedade tremenda. Aguardara durante um tempo quase incontável pela oportunidade que estava diante de seus olhos.
― Vamos embora, pessoal. ― disse Negi, levantando-se do caixote onde estivera sentado em reflexão.
― Isso mesmo, mano! Logo será hora do jantar e ninguém aqui vai conseguir invadir o palácio de estômago vazio. ― apoiou Kamo.
O grupo se levantou e começou a rumar para a saída daquele beco abandonado. Foi nesse momento, imediatamente anterior ao fato, que Konoka compreendeu enfim o que seu coração tentou lhe dizer todo aquele tempo. Tarde demais para tentar mudar o que aconteceria apenas um segundo depois.
― A quanto tempo, Ala Alba. ― disse uma voz que veio das costas do grupo.
O som chegou à compreensão de Setsuna antes mesmo que ela pudesse se virar e ver com seus próprios olhos. A imagem apenas confirmou o que seus sentidos já haviam descoberto. Uma sensação de irrealidade e peso sobreveio em todo o corpo da shinmei, como se tivesse acabo de ser jogada dentro de um pesadelo.
A pessoa apenas sorria, observando o choque do grupo. Foi Negi quem quebrou o silêncio diante daquela situação:
― Setsuna-P? ― perguntou o garoto, também com o choque em seu rosto. ― Isso é impossível.
― Eu já vi gente insistente, mas isso é demais. ― comentou Kotarô, também assombrado.
Setsuna-P observou um pouco mais o grupo, sem parecer ter qualquer pressa:
― Era exatamente assim que eu imaginei que vocês reagiriam. As expressões de pavor estão idênticas. Apesar de que . . .
― Como é possível? ― questionou Setsuna, com a voz tomada ódio.
― Ah, é realmente uma história incrível, se quer saber. Claro que irei explicar a vocês. Só que antes, tem uma coisa me incomodando. ― disse Set-P, franzindo a testa no fim da sua fala, porém sem perder o tom suave, ameaçador, da voz. ― Esta assim com tanto medo de olhar pra mim, Konoka-ojousama?
Konoka havia sido a única a permanecer de costas para a ex-shikigami desde que esta se revelara. Ao ser citada com aquele trejeito de zombaria, a maga enfim se virou e, ao contrário do que supôs Setsuna-P, encarou diretamente o olhar gelado desta:
― Eu não sou mais aquela pessoa fraca que você conheceu, Setsuna-P. ― disse a maga. A outra sorriu com a mesma frieza no olhar.
― Nem eu, Konoka.
― Afinal, explique como é possível estar viva, Setsuna-P. ― exigiu Negi.
― Claro, sensei. Escutem com atenção:
"Depois que o Chikarasei foi tirado de mim, rapidamente minha existência física foi completamente desfeita. Acreditei que era o fim, o mais cruel fim para a minha quase-vida. O fio restante da alma incompleta que restou ficou preso num espaço entre as dimensões da Terra e Husdeven e assim eu permaneci durante mais tempo do que pareceu aos meus quase inexistentes sentidos."
"Foi quando um milagre aconteceu. Eu fui salva pela tolice do Thousand Master."
― O Thousand Master?! Mas do que está falando?! ― exclamou Negi, surpreso e confuso.
― Não pode ser. ― disse Setsuna, chegando à compreensão terrível dos fatos.
― Exatamente isso, "mestra". ― tom de diversão na voz de Set-P estava no ápice. ― Você é quase sempre esperta, não é mesmo?
― Do que ela está falando, Setsuna? ― perguntou o professor-mago.
― Eu mostro, professor. ― disse a ex-shikigami antes que a outra se manifestasse.
Setsuna-P estendeu a palma da mão direta para frente, vazia. Porém passado um instante todos puderam perceber uma imensa energia mágica que vinha dali. Uma luz começou a ser emanada da palma aberta e então dois objetos emergiram da pele de Setsuna-P, atravessando-a como se fosse uma superfície intangível:
― As gemas. . . ― disse Kamo, assombrado com o poder e luz que aqueles dois pequenos objetos emitiam.
― Estão com você. ― disse Negi, parecendo hipnotizado pelo brilho de poder dos amuletos escondidos por seu pai.
― Pelo menos não temos mais que ficar procurando. ― comentou Kotarô, disfaçando o temor que aquela quantidade de poder implantava no seu interior.
― Isso é verdade, hanyou. ― concordou Setsuna-P, fechando a palma e absorvendo as jóias novamente. A sensação do poder tremendo das mesmas sessou. ― Apesar de isso não significar algo realmente bom, para vocês.
― O que quer? ― volciverou Setsuna, que não tinha diminuido nem um pouco a agressividade da sua voz. Sua mão ainda estava segurando o cabo de Yuunagi com força.
― O que eu quero, Setsuna Sakurazaki, é muito simples: a morte de todos que me fizeram sofrer. Todos vocês, da Ala Alba, que me impediram de ser uma pessoa completa. Vocês, que feriram minha alma e agora vão pagar muito por essa idiotice.
― Setsuna-P. ― chamou Negi, que estava mais tenso com a evidência de um conflito imediato. ― Estas jóias, estes amuletos. Eles conseguiram completar aquilo que o Chikarasei não conseguiu, não é verdade?
― Quer dizer que ela agora não é mesmo um shikigami? ― perguntou Kotarô, sem disfarçar.
― Exatamente, hanyou. ― respondeu Setsuna-P.
― Mas se você tem uma vida de verdade, porque ainda tem que vir se meter com agente? ― questionou o meio kuzoku.
― Você realmente não entende? Logo alguém que também carrega tanta amargura como você, lobo.
"Tudo o que eu quero é vingança."
― Pois você não vai ter o que deseja, Setsuna-P. ― ameaçou a Setsuna original, assumindo posição para avançar contra a outra.
― Não. Você não devia fazer isso.
Setsuna não deu ouvidos para o que a outra disse e avançou. Konoka desejou tê-la impedido, mas não se moveu. A shinmei avançou direto para a sua sombra, porém não chegou a tocá-la. Com um movimento do braço no ar, Set-P empurrou Setsuna com violência contra a parede do beco, utilizando de sua imensa energia mágica.
Sakurazaki não perdeu tempo e se ergueu para atacar novamente. Dessa vez Set-P utilizou sua energia para paralisar o movimento da outra quando esta deu o seu impulso para o golpe. Kotarô fez menção de atacar também, porém com a mão livre, Set-P fez um gesto de negação para o grupo, observando-os com o canto dos olhos:
― Eu não vou matá-los hoje, Setsuna Sakurazaki. Não tente apressar as coisas.
― Se não quer lutar, porque se revelou? ― questionou Kotarô, irritado.
― Para poder desfrutar dessas expressões de medo que estou vendo nos rostos de vocês. ― respondeu as ex-shikigami, com o sorriso ameaçador de volta ao rosto. ― Quero aproveitar cada momento antes de tirar a vida de cada um.
― Pois você não terá o que quer.
Konoka encarava Setsuna-P com a determinação intocável. Sua namorada podia ver através daquela expressão de que realmente a maga branca já era alguém muito diferente da pessoa frágil que caíra nas armadilhas da ex-shikigami no passado:
― Konoka Konoe. Você com certeza será a última que irei tirar a vida. Quero ver toda a dor e ódio que me causou, dessa vez no seu olhar desesperado.
As duas mantiveram o olhar cheio de ódio recíproco durante algum tempo. Então Setsuna-P alargou mais seu sorriso:
― Bem que eu poderia dar início agora mesmo no seu sofrimento. ― disse a Sombra, fazendo um movimento com a mão que apontava para Setsuna. Esta acabou deixando uma exclamação de dor escapar quando a pressão sobre seus membros e cabeça se redobrou.
Porém, diferente do que Set-P esperava, Konoka não alterou-se nem por um instante ao escutar a voz de sua namorada. Isso pareceu impressionar a algoz, que esqueceu de manter a firmeza do sorriso:
― Se fazendo de forte, Kono-chan?
― Você não pode me atingir, Setsuna-P.
Dessa vez foi a expressão de crueldade inteira da ex-shikigami que se perdeu. No lugar desta, um ar de verdadeira insegurança tomou conta do olhar de Setsuna-P. Percebendo o que fazia, esta desviou os olhos da maga branca e encarou o grupo com o ar de confiança de antes:
― Por hoje já satisfiz meu desejo de ver o medo de vocês. É o bastante.
E tendo dito isto balançou o braço estendido para Setsuna, arremensando esta contra Negi e Kotarô, que a seguraram. Se dizer mais nada, a ex-shikigami saltou para cima de uma dos prédios abandonados que ladeava o beco e escapou:
― Cara, estou com a cabeça doendo de tanta coisa que aconteceu de uma vez. ― disse Kotarô ajudando a meio-uzoku a se firmar.
― Vai ser uma glande histolia para contar às livleiras. ― ponderou Kuu Fei.
― Só se for uma história de terror. ― disse Konoka, que ainda observava o local onde Set-P havia sumido de vista.


One Response so far.

  1. Mazaki-san, Shadow está mesmo seguindo rumos interessantes!

    Já haviam mencionado antes, o retorno de Setsuna-P, achei que guardaria mais para o final, mas bem, já estamos na metade, não é?
    Esses dois últimos capítulos foram muito bons, não pude comentar no tempo certo, mas estou adorando cada parte.
    As negociações com Delaro Igati no capítulo anterior e o confronto no começo deste foram ótimos, e com tudo que aconteceu aqui, estou ansioso para ver como isso vai terminar.

    Bem, só no próximo capítulo...

    Até logo, e continue com o ótimo trabalho Mazaki-san!

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