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- Uma conversa sobre Tantric Stripfighter Trina
Posted by : Unknown
domingo, 28 de agosto de 2011
Olá meninas e meninos! Por
pouco eu não passo mais uma semana sem postar aqui e ainda que eu tenha que ter
adiado os planos de postagem que eu tinha, sempre há alguma coisa FANTÁSTICA a
se comentar sobre o maravilhoso universo Yuri. Estou enganada? Meses atrás,
pescoçando (aka, dando uma olhadinha) na banca de jornal, na sessão de mangas,
dei de cara com um com duas garotas na capa. Pow minna, minhas anteninhas de
vinil ressoaram na hora, eu sinto cheiro de hormônios yuri (EIN? O_o’) de
longe!!!
Duas lindas personagens na
capa, uma loirinha com arma na mão e uma morena em posição de ataque, me fez
ficar curiosa e pegar o mangá para conferir a sinopse. Tinha potencial, mas
havia um problema. Aliás, dois problemas: Primeiro, o título, “Tantric Stripfighter Trina”, segundo, a
editora Online. É uma editora não muito bem vista nem no meio otaku e nem
sequer no meio normalfag.jpg e o pior é que esse receio se justifica só de você
bater o olho nos mangas da editora. O papel é aquele estilo jornal que estamos
acostumados, mas com uma gramatura bem inferior ao utilizado pela Panini, por
exemplo. Como sabiamente disse a Allena, em sua resenha no Jbox em um dos
mangás dessa editora, pude comprovar que realmente dá pra ver perfeitamente o
que está do outro lado da página e que se bater um vento, o mangá sai voando
facilmente. A capa é mole~zinha e a aparência não dá ânimo algum, mas e ai? Há
alguns momentos na vida de uma garota em que ela precisa assumir alguns riscos (sentiram o drama?).
Encarei o desafio e resolvi levar o mangá pra casa e "tirar a prova".
Passar vergonha por estar
comprando isso já nem passo mais. O problema é andar com isso na rua. Enfiei
na bolsa, mas chegando em casa, acadei "dando mole" e meu pai pegou.
Foi uma situação tensa, claro, e tive que usar minha lábia e mostrar que era só
mais um daqueles mangás "normais" que eu sempre comprava. Convenci ele e decidimos omitir o ocorrido de minha mãe, que tem sua própria visão peculiar
sobre o mundo.
Mas e o mangá, valeu a pena
ter gastado 10 Dilmas naquilo? Olha, pela qualidade física, de forma alguma,
mas pelo conteúdo, com certeza. E há Yuri? Não há Yuri explicito, mas tem
Shoujo-ai aos litros. Tantric Stripfighter Trina se foca na saga de Trina Devi
em busca de vingança contra a organização governamental, a CROWN, e seus
apoiadores, uma organização religiosa chamada COG. Pacifistas. O planeta natal
de Trina, Rama, foi completamente dizimado. Trina que perdera sua família, que fora executada barbaramente diante dela, foi a única que conseguiu se salvar ilesa e
agora, anos depois, busca se vingar daqueles que causaram a extinção do seu
povo.
A história é uma ficção
cientifica, regada com toques apocalípticos. Apesar do título sugestivo e da –
dispensável – tag de “impróprio para menos de 18 anos”, não há nada de
apelativo ou muito explicito. A trama da história se passa num futuro distante,
onde viagens espaciais de um planeta ao outro, eram praticas bem comuns e com
isso, diversos planetas são colonizados, por exemplo, por um único governante.
Um desses planetas foi Rama, onde seus habilitantes eram adeptos do tantrismo (Tantra
ou yoga tântrico), uma filosofia/doutrina criada na Índia no século VII, onde
os adeptos reúnem um conjunto de práticas que preparam o corpo e a mente para
aumentar seu conhecimento sobre si mesmo e tudo que o cerca.
É uma arte bem sensual e daí vêm
todas as nuances eróticas contidas no manga. Os habitantes de Rama fazem uma fusão
entre artes marciais e a sensualidade do tantrismo e Trina, agora uma guerreira
tantrica, faz uso de toda sua sensualidade e as técnicas de batalhas para
alcançar seu objetivo. Ela se veste como um stripper e se trata de um excelente
disfarce, onde ela acaba passando “despercebida”, como uma inofensiva garota da
vida. E isso é bem legal viu, elas faz umas expressões perfeitas, bem sensuais
mesmo e sem cair na vulgaridade. Quando se arma para a luta,fica quase despida
(@_@), mas os detalhes são omitidos, seja com uma estrelinha nos seios ou
retalhos de panos.
E a história começa bem
assim, com Trina trabalhando em seu “bico”, indo atrás de um bandido com a
cabeça á premio, Salvo. Ela tem como companheiro, um robô chamado Bonds, que
lhe passa os dados de bandidos procurados e toda informação disponível no
sistema, que possa lhe ser útil nas caçadas. Nessa primeira parada, para conseguir
capturar o Salvo, Trina precisa encarar várias mulheres. Ela derruba todas,
seja no punho ou as deixando loucas de tesão (LÒÓL). Calma ai, Trina possui
várias habilidades, assim como variadas artes marciais a sua disposição. Uma
dessas, é a possibilidade que ela tem de estimular todos os centros de prazer
no corpo do adversário, com um simples toque, por exemplo, no rosto.
E é aqui, já nas
primeiríssimas páginas que fui recompensada, onde Abbey, ou melhor, Abigail
Chromantsky,uma habilidosa caçadora de recompensas, que possui partes
cibernéticas no corpo, é abatida juntamente com as outras, por Trine. Abigail
se molhou toda, se é que vocês me entendem, daí ficou gamadona em Trina, não
descansou até conseguir reencontra-la novamente e de tanto insistir, se tornou
sua parceira. Esse foco no “relacionamento”das duas, meio que fica em segundo
plano, mas é muito lindo vê-las juntinhas e a Abigail é tão discaradinha, tão
fofa e malandra. As duas funcionam muito bem juntas e cada qual, com sua
habilidade combativa.
A história principal se
desenvolve de uma forma bem dinâmica, onde os autores capricharam nas cenas de
ação bem detalhadas, com muita pancadaria entre garotas, lutas envolventes e
tiros para tudo que é lado. Fora o brilhante trabalho feito em cima da
intolerância religiosa. O fator motivacional das moçinhas é bem claro e
convincente, enquanto uma deseja ficar frente a frente com mandante da execução
do seu povo, a outra quer apenas ficar ao lado da garota que lhe gerou imensa
curiosidade. Curiosidade que a fez despertar para um novo sentimento...
WOOOOOOOOW!
Bom, eu falei que Tantric
Stripfighter Trina era um manga, mas foi só questão de costume, na verdade se
trata de um OEL (HQ’s que seguem o “estilo” mangá e são publicados
originalmente nos EUA - A leitura é segue o padrão ocidental), publicado originalmente na editora TOKYOPOP, que
encerrou suas atividades nos EUA. Tantric Stripfighter Trina termina com um
aviso de “continua”, o que é uma pena, pois acaba deixando algumas questões em aberto. Na verdade, eu
sinto mesmo é por não ver no que vai dar o lance da Abigail e a Trina. Com a excelente
arte do argentino Fernando Furukawa e roteiro de Ken Faggio, Tantric
Stripfighter Trina não foi uma perda de tempo. Valeu ter comprado e conhecido a
irônica, divertida e legal Abigail, juntamente com sua parceira, a sensual e
séria, Trina. De brinde, uma história bacana.
*E ao menos ele é bem resistente, abrir o mangá inteirinho na escaneadora e continua perfeito.*
Editora: Online
192 paginas
Preço: R$ 9,99
Formato: fmt - p&b
*E ao menos ele é bem resistente, abrir o mangá inteirinho na escaneadora e continua perfeito.*
Editora: Online
192 paginas
Preço: R$ 9,99
Formato: fmt - p&b
É bem legal, gostei muito!
Uma pena que parece que só tem essa edição 1 ._.
Que dahora hein fera
Cara curto Yuri não sabia desse mangar