- Back to Home »
- Non Non Biyori »
- Review: Non Non Biyori
Posted by : Unknown
domingo, 19 de janeiro de 2014
O bacana é que percebemos isso claramente, mas a narrativa
nunca força essa impressão através de diálogos. Basta apenas que vemos sua
presença na história e a perspectiva das personagens, que parecem ignorá-lo
completamente, com exceção de uma de suas irmãs (fato que se torna justificável mais tarde – no spoilers).
Eu diria que são estes pequenos detalhes que tornam Non Non
Biyori, anime da temporada de outono de 2013, uma série com ligeira
personalidade em uma temática já tão genérica. Claro que a série ainda joga
bastante seguro, apostando nos ingredientes de sempre, sem alternâncias no
decorrer da narrativa, mas o faz bem e de modo agradável. Foi um dos meus
animes preferidos daquela temporada e ainda guardo em mim um certo frescor semanal, da certeza que toda semana eu teria um
episódio de Non Non Biyori para poder relaxar completamente e poder imergir
naquela atmosfera deliciosamente bucólica.
A história se passa numa aldeia rural de Asahigaoka, a quilômetros
de distância da cidade e de qualquer comercio convencional. A população é
diminuta e já em idade avançada, em geral. Pra se ter uma ideia, a escola só
tem 5 alunos, cada um em uma série diferente, mas ocupando a mesma sala. 4
desses alunos protagonizam a história, que começa com a chegada da aluna
transferida, Hotaru Ichijo (Rie Murakawa),
que logo faz amizade com a pequena Renge Miyauchi (Kotori Koiwai) e com as irmãs Natsumi (Ayane Sakura) e Komari Koshigaya (Kana Asumi).
O elenco se completa com a professora Kazuho Miyauchi (Kaori Nazuka) irmã mais velha de
Renge; o irmão das irmãs Koshigaya; a amiga deles que mora na cidade grande e
ocasionalmente faz algumas aparições; e uma tomboy pega-eu que mantém uma doceteria que está sempre as mosca. Ainda há
algumas aparições especiais e etc. Bom, como é de se esperar, cada um desses
personagens carrega um arquétipo, servindo de muleta para o enredo e humor
cômico. Por exemplo, a Hotaru sofre o mesmo complexo da Mio de K-On!, por ser a
maior do grupo e ter seios enormes, além de nutrir uma paixão platônica por sua
senpai, Komari, que apesar de ser a mais velha do grupo, é fisicamente a menor
entre todos e possuidora de uma estética infantil. Plus: é tsundere e fica
graciosa quando está brava.
No entanto, tudo isto é bem comedido e tão orgânico, que flui
de modo bem natural de acordo com os eventos. O enredo evolui de forma imperceptível,
centrando nas inter-relações entre os personagens, com ligeiras e leves pinceladas
de conflitos aqui e ali. Aí você me diz que neste tipo de história, não há
evolução, e eu vou te dizer que não poderia estar mais enganado. Por menor que
seja, há uma evolução intrínseca, seja nos personagens, na dinâmica do grupo, o
mundo, sempre há algum tipo de acréscimo evolutivo. Neste aspecto, estes são os
meus momentos favoritos em Non Non Biyori – como quando Kaede Kagayama (Rina Sato), a garota tomboy da
doceria, se recorda do dia em que foi babá da Renge e do apego imediato que
teve à garotinha, que continua numa crescente com o passar dos anos, foi
particularmente emocionantemente climático; e o contexto desta memória se dá em
um episódio tão climático quanto, com Kaede carregando Renge nas costas, ao
subir uma longa montanha para verem o nascer do sol. Neste momento, ela se dá
conta o que o tempo passou e Renge cresceu e ganhou peso sem que percebessem,
em um momento belíssimo de sobreposição entre memórias e tempo presente, e
autoconsciência narrativa.
O que dizer então do episódio em que Renge se sente
solitária, uma vez que ela é a menor do grupo, e sem com quem brincar, e acaba
encontrando uma nova amiga que estava passando as férias de verão ali?! E como
é de se imaginar, depois das duas se tornam amigas, chega o dia em que a garota
precisa partir. Francamente, aquilo me deu um nó no meu peito. ;)
É por essas e muito mais, que Non Non Biyori é uma aventura extremamente
agradável e aconchegante. Se passar no interior, com personagens tão empáticos,
e um cenário interiorano exuberante que faz nascer uma explicável vontade de
abdicar da cidade grande e ir morar na
roça, além de uma boa escrita e direção, é o que torna este anime uma
experiência gratificante. Como comentei no meu texto de Gingitsune, tem horas
que tudo o que você quer, é algo relaxante que te propicie momentos de
aconchego e quentura no coração.
P.s: O anime é uma adaptação
do mangá do autor conhecido como Atto, e tem 12 episódios.
Tamanho maior |
Nível de Yuri: ★ ★ ★ ★ ★
Mesmo na relação entre as personagens, não se percebe muito o cheiro de buceta ardente, com exceção da fixação de Hotaru por sua senpai, que nunca sai das fantasias da personagem. Não há aquela insinuação climática, mesmo com uma personagem com tanto potencial como a Kaede e sua amizade com a irmã mais velha de Renge, a Kazuho-sensei. Mas a paixãozinha de Hotaru é tão intensa e maníaca que compensa todo o resto.
____________________________________________________________________________
SUUUUUPER BÔNUS
Amar é...
Nutrir um sentimento puro como o de Kaede e Renge...
Ter sentimentos devassos e secretos em uma paixão platônica por sua amiga...
Não poder revelar pra ela que na verdade você cheira pepekas...
Se obrigar a comer a comida horrível que ela preparou, só porque foi ela quem preparou.
Amar é...
Acabei de baixar este anime. E já tô ansioso pra vê-lo depois de passar por aqui. hehehe
Sensacional a resenha! xD
Roberta consegue equilibrar a zoeira sem fim com comentários equilibrados.
Curti, talvez eu baixe esse lance.
Tinha aquele anime de basquetebol moe, eu tinha que ver aquilo também, deve ter yuri ou insinuações. x)
E sim, amar é tudo! T__T
Caraca.. Você distorceu o anime todo '-'
O que significa o título Non Non Biyori, ninguém nunca explica isso