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Posted by : Unknown
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Candy Boy é originalmente um daqueles animes produzidos
especialmente para serem exibidos em sites de streaming na internet e não sei
se vocês já tiveram a oportunidade de assistirem algum do gênero, mas esses
animes tem como característica possuírem poucos minutos de exibição, além da
falta de habilidade em se criar um laço afetivo maior com o espectador. Até os
dias atuais e que eu tenha conhecimento, os únicos que conseguiram se
sobressair foram a comédia romântica produzida pelo estúdio Shaft, Rec, e o que
eu tratarei aqui neste post, Candy Boy.
Produzido pelo estúdio AIC para exibição nos sites Nico Nico
Douga e Cho! Animelo no ano de 2007, em 07 episódios curtos de no máximo 08
minutos. Foi depois lançado em OVA, ganhando mais 02 episódios extras no espaço
de 01 ano entre 2008 e 2009, para a felicidade dos fãs. A premissa é bem
básica, assim como toda a história, se concentrando em torno de duas irmãs gêmeas
não idênticas, Sakurai Yukino e Sakurai Kanade. Elas vieram de uma cidade do
interior para estudar na cidade grande e dividem o quarto na escola onde cursam
o ensino médio. Como já era de se esperar, o anime tem poucas externas, se
concentrando mais nas localidades da escola e no dormitório escolar. Então, o
que vemos ai é um belo slice of life, com as gêmeas interagindo com outras
estudantes, como Kamiyama Sakuya, que nutre um profundo amor platônico por
Kanade.
Cumplicidade é a
melhor palavra para caracterizar Candy Boy e ao mesmo tempo, a maior magia do
anime. Animes escolares muitas vezes se desenvolvem de forma batida e apática, alguns
yuris com dormitórios escolares em um mundo que “não existem homens”, nos leva
a um sentimento de estarmos assistindo a um conto de fadas com harém. Já os que
contêm temática incestuosa, atualmente não fogem da cena fanservice, não
agregando mais nada além. Candy Boy é uma comédia em tom romântico, que
consegue habilmente se desvencilhar dos termos acima, mas também acaba caindo
no lugar comum do slice of life, o que certamente não é atrativo a todos, mas
que dentro da temática proposta, consegue se desenvolver de forma sutil e
completamente romântica que é bem própria do que conhecemos aqui no ocidente
como “Shoujo-Ai”, que é um yuri não explicito (em todos os sentidos e não apenas sexual, como reza a lenda),
repleto de sutilezas e sentimentos não declarados.
Mas como Shoujo-Ai, Candy Boy consegue ir até mais além do
que normalmente se espera em algo do gênero. Elas dizem “eu te amo” uma para
outra, dão as mãos, dormem juntinhas, o medo que possuem de serem separadas é
aparente e exposto nas passagens mais dramáticas do anime. A diferença está
mesmo como elas encaram tudo isso e como a mensagem é passada para nós. As
atitudes de Kanade e Yukino na maioria das vezes não são tomadas de forma inconsciente
e você recebe isso do lado de cá da forma mais natural possível. Afinal, são
gestos comuns de cumplicidade entre duas irmãs ou duas amigas, vai dizer que
nunca deu a mão pra sua amiga na rua e até mesmo nunca chegaram a dormir juntas
na mesma cama por um motivo ou outro? Só que sutilmente, sem precisar ser claro
o bastante, você sabe que há algo a mais ali – e elas também sabem disso. E
esse é o melhor lado de Candy Boy: a cumplicidade, que também trás junto à
intimidade. Elas sabem que algo está diferente, que aquele sentimento que
queima o peito toda vez que uma pega na mão da outra (e que logo se desgrudam instantaneamente quando aparece algum
conhecido, justamente pelo sentimento de que algo está “errado” ali aos olhos
da sociedade), que dormem juntas de rostos quase colados, dos ciúmes e medo
de que venha alguém e as separem – Mas para elas isso é a coisa mais natural do
mundo e ao mesmo tempo não é pelo sentimento que arde no peito de cada uma.
A naturalidade da relação de ambas é passada de forma tão
sutil que às vezes você se pergunta se elas são mesmo irmãs. Eu fiquei me
perguntando isso a todo o momento assistindo, ao mesmo tempo em que esperava
uma declaração ou conflito incestuoso. No anime, você encontra o conflito, a
dúvida e a incerteza, mas não a polêmica. E talvez, seja o motivo de Candy Boy
ser tão especial (ao menos, para mim),
sendo uma história que consegue cativar plenamente pré-adolescentes e
admiradores de slife of life. Aliás, Candy Boy segue uma premissa similar a de
K-On!, só que com mais conflito dramático. Como amante do gênero, me enche o
peito vê-las no dormitório apertadinho e repleto de pertences pessoais, com uma
bicama, duas mesas de estudo e elas conversando assuntos do cotidiano e
brigando por não conseguirem controlar suas despesas ou simplesmente, por doces
– Algo bem feminino mesmo.
Candy Boy foi o
primeiro Yuri que eu conheci... falando de forma ocidental, Candy Boy foi o
primeiro Shoujo-Ai que assisti (desconsiderando
SCC que apenas possui elementos do mesmo) e como dizem, a primeira vez é inesquecível
– Guarda no peito e se recorda para sempre. A primeira vez que eu assisti, eu
fiquei completamente apaixonada e tratei logo de fazer uma comunidade sobre a
série, no orkut. As palavras que eu usei naquele dia, não retiro de forma
alguma: “Entre os melhores... Candy Boy”.
Por algum motivo, toda vez que minha amiga vinha me falar desse anime e sempre
que dizia ser um romance fofinho e subentendido entre duas irmãs, que dormiam
juntas, me fez tecer na mente pensamentos de que se tratava apenas de mais um
fanservice bobo e que não valeria a pena perder tempo assistindo tal coisa. Mas
minha amiga, Ita, insistia tanto para que eu assistisse, dizendo que eu iria me
apaixonar que resolvi conferir e não é que foi instantâneo? Claro, o fato de eu
já gostar de slice of life e ser uma romântica declarada, colaboraram e muito
para que viesse a gostar da série. O que ela me disse quando viu que eu adorei
Candy Boy? “Eu falei que você ia gostar,
não falei?”.
Reassistindo, ainda fico cativada com a premissa e o
andamento da história. Tem um romance leve, palatável até mesmo para aqueles que
não sentem afeição por incesto, que no anime tem o papel de deixar um conflito
no ar, mas que acaba não indo muito além, sendo mais trabalhado o
relacionamento em si, em cima das inseguranças e afeição entre as duas. Se não
fosse um slice of lice tudo isso seria um grande problema, mas dentro da
proposta, não há o que se reclamar, gosta ou desgosta, mais por motivos
pessoais do que propriamente por falha técnica. Tecnicamente, tem uma animação
padrão, com alguns quadros e personagens estáticos ao fundo. A OST á um clima
legal e as insert songs são inseridas sempre no melhor momento. Recomendado
principalmente para as garotinhas românticas e para os incorrigivelmente fãs de
Shoujo-Ai.
Roberta fangirl, sempre vindo falar de Candy Boy XD
Ok ok, até me faz pensar um pouco melhor sobre a série, confesso XD
Saudações
Candy Boy é um título que eu deveria ter visto muito tempo atrás mas, dadas certas prioridades da época, deixei de lado.
Depois de ler esta review, acredito demasiadamente que fiz muito mal em não ter assistido o anime.
Uma relação shoujo-ai mais espontânea, à mostra e sincera? É bem diferente do conceito que faz introduzir, geralmente, em várias obras por aí...
Ótimo texto.
Até mais!
É mt bom de se assistir, pode ser visto em sequência e vai melhorando (eu n tinha gostado dos 2 primeiros e depois de uns dias voltei a assistir e UAAU adorei)
Só faltou um beijo animado pra eu ficar mais feliz (ok, teve um.. mais ou menos)
14 anos depois do lançamento, fui assistir esse anime, achei legal, não sou muito fã de incesto, mas as personagens são tão fofas que curti